A nova geração da arquitetura de rollups está sendo moldada por redes de sequenciadores compartilhados, mecanismos de restaking e uma interoperabilidade mais avançada entre blockchains. Sequenciadores compartilhados, como observado no Ecossistema Movement, permitem que diversos appchains e rollups deleguem a ordenação de transações a uma camada descentralizada de sequenciadores. Esse modelo potencializa a composabilidade e reduz o custo operacional, além de viabilizar interações atômicas entre rollups. Pesquisas acadêmicas e do setor destacam o potencial desse desenho para unificar liquidez fragmentada e ampliar a escalabilidade, mantendo altos padrões de segurança.
O restaking de segurança inaugura um novo paradigma, pois possibilita aos validadores reutilizar o ETH em staking (ou outros ativos) em vários Serviços Ativamente Validados. O modelo AVS da EigenLayer permite que camadas de disponibilidade de dados, sequenciadores ou sistemas de middleware incorporem a segurança do Ethereum. Essa rede elástica de restaking estimula a eficiência de capital e pressupostos de confiança compartilhados entre serviços, mas exige projetos sólidos de slashing para controlar riscos correlatos.
A interoperabilidade está migrando de pontes básicas para protocolos que suportam composabilidade e mensageria entre rollups. Soluções como IBC, LayerZero e Hyperlane proporcionam mensageria cross-chain segura, capaz de disparar transações coordenadas entre múltiplos rollups modulares. Essa evolução impulsiona o ecossistema rumo à composabilidade atômica entre redes, permitindo que fluxos de DeFi ou NFTs transitem entre diferentes ambientes de execução com confiança e eficiência.
Sistemas de mensageria cross-rollup tornaram-se infraestrutura essencial para a composabilidade modular. O IBC, desenvolvido pela Cosmos, viabiliza a comunicação entre blockchains por meio de formatos padronizados de mensagens e mecanismos de prova de inclusão, assegurando transferências seguras de ativos e chamadas de contratos entre diferentes redes.
LayerZero e Hyperlane oferecem capacidades similares em ecossistemas centrados no Ethereum, permitindo que desenvolvedores iniciem transações cross-chain com coordenação de lógica entre diferentes rollups ou appchains. Essas soluções garantem verificação dos endpoints e validação de provas, ao mesmo tempo reduzem a dependência de nós centralizados de bridges. Tais camadas de mensageria eliminam barreiras para fluxos cross-chain, viabilizando novos paradigmas de composabilidade para dApps que operam em múltiplos ambientes de execução.
Em 2025, a adoção de rollups por empresas segue em ritmo acelerado. A maioria das companhias Fortune 100 já utiliza rollups híbridos ou permissionados para aplicações críticas de negócios. Estruturas regulatórias sólidas, como a MiCA da União Europeia, as normas da SEC dos Estados Unidos sobre ativos tokenizados e as diretrizes de capital cripto de Basileia amadureceram, tornando indispensável que sistemas blockchain ofereçam trilhas de auditoria on-chain, controles de identidade e garantias de soberania de dados.
Rollups com compliance nativo agora integram provas privadas de dados, módulos de controle de acesso baseados em zero-knowledge e criptografia tanto em repouso quanto em trânsito. Plataformas RaaS destacam cada vez mais certificações como ISO 27001, SOC 2 Tipo II e GDPR para se alinharem às práticas de TI corporativas. Esse nível de maturidade permite que entidades reguladas confiem nos rollups RaaS, atendendo rigorosos padrões legais, de auditoria e privacidade, sem abrir mão da escalabilidade e programabilidade modulares.
Para criar um roadmap modular robusto, é fundamental estabelecer marcos claros desde o lançamento em testnet até a integração plena ao ecossistema. Inicialmente, as equipes lançam rollups minimamente viáveis em testnets, validando configurações, ambiente de execução, disponibilidade de dados e a estrutura de governança. Esse ambiente controlado permite ajustes iterativos sem expor o projeto a riscos em produção.
Na migração para o mainnet, as equipes ativam sequenciadores de produção, definem processos de atualização sob governança, aderem a SLAs corporativos e implementam a tokenomics. Com a expansão do rollup, o roadmap deve prever a transição para sequenciador aberto, integração de sequenciadores compartilhados, ativação de interoperabilidade via protocolos de mensageria e eventual migração da camada DA com a chegada de novas alternativas.
Um roadmap bem estruturado inclui ainda etapas de descentralização da governança, transferindo gradualmente o controle administrativo para estruturas multisig ou DAOs on-chain, escalando a rede de nós sequenciadores e, potencialmente, adotando validadores restaked via EigenLayer. Dessa forma, o rollup evolui de um modelo centralizado e simples para uma arquitetura robusta, descentralizada e interoperável, mantendo previsibilidade de custos e segurança.
Para encerrar o curso, os participantes realizam um exercício final integrando os conhecimentos adquiridos nos módulos anteriores. Os alunos devem definir um caso de uso para rollup, planejar as configurações (máquina virtual de execução, camada DA, modelo de governança), lançar uma testnet via provedor RaaS, configurar parâmetros da rede, integrar um protocolo de mensageria cross-rollup e elaborar um roadmap para transição ao mainnet e viabilização da interoperabilidade. Entre os critérios de avaliação estão clareza no planejamento, justificativa das escolhas técnicas, sucesso na implantação da testnet, precisão na integração das mensagens e solidez da proposta de crescimento do ecossistema.
Após a avaliação final, os participantes são incentivados a seguir para temas avançados, aprofundando a base adquirida. Entre as recomendações estão cursos sobre rollups ZK com foco em privacidade, composabilidade DeFi guiada por intents, coordenação distribuída de validadores e metodologias modulares de auditoria. Essas trilhas proporcionam conhecimento aprofundado em sistemas de provas especializados, middlewares criptográficos e estruturas descentralizadas de governança, preparando os profissionais para arquiteturas modulares de blockchain em ambientes produtivos.